18 abril 2007

Discípulos de Cristo


por Davi Lago


A palavra discípulo significa “aquele que aprende”. Não é por acaso que esta palavra aparece 269 vezes no Novo Testamento[i]. Jesus chama discípulos: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens” (Mt 4.19).

1. Os discípulos de Cristo são aqueles que guardam sua palavra
“Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: ‘Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará’” (Jo 8.31-32).

2. Os discípulos são aqueles que amam a Deus acima de todas as coisas
“Uma grande multidão ia acompanhando Jesus; este voltando-se para ela disse: ‘Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo” (Lc 14.25-26).

3. Os discípulos são aqueles que amam os outros
“Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (Jo 13.35).

4. Os discípulos são aqueles que carregam a cruz continuamente
“E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo” (Lc 14.27).

5. Os discípulos são aqueles que renunciam absolutamente tudo por Jesus
“Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo” (Lc 14.33). Inácio no século II d.C. disse que seu martírio seria a prova final de seu discipulado cristão[ii].

6. Os discípulos devem gerar outros discípulos de Cristo
Jesus foi bem claro na Grande Comissão: “Vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei” (Mt 28.19, 20).
O crente que não se interessa em participar das atividades da igreja e que não frutifica, não é um verdadeiro discípulo. “Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido. Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos” (Jo 15.7-8).
Você é um discípulo de Cristo?


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[i] SANDERS, J. Oswald. Discipulado espiritual. Rio de Janeiro: Juerp, 1995, p.8.
[ii] CHAMPLIN,Russel Norman. Enciclopédia de bíblia teologia e filosofia, volume 2. São Paulo: Candeia, 1995, p.181.

17 abril 2007

O cristão, o dinheiro e as ofertas


por Davi Lago

O Rei Jesus disse: “Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará outro, ou se dedicará a um e desprezará outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Lc 16.13).

“Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos” (1Tm 6.9-10).

O cristão deve ser honesto, íntegro e prudente na vida financeira. Sempre deve contribuir com o Reino e nunca ser alguém ganancioso e escravizado ao dinheiro.

A Bíblia não elogia nem o luxo nem a pobreza; apenas nos diz que sejamos satisfeitos com as necessidades básicas da vida. Jesus não condenou a riqueza. Jesus condenou o fascínio e o mau uso das riquezas. O dinheiro, em si, não é mau, nem bom. O amor ao dinheiro e não o dinheiro, em si, é raiz de todos os males.

Tudo que temos vem de Deus e precisa ser usado do modo como ele ordena. Está escrito: “Lembrem-se do Senhor, o seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza” (Dt 8.18).

Deus é dono, nós, os mordomos. Nossa responsabilidade não termina quando contribuímos. Não importa a proporção da nossa renda que confiamos à igreja, o que resta também está sobre a autoridade de Deus. Dar 10% o até 50% não nos permite desperdiçar o resto. O mundo prega o egoísmo e a ganância, o evangelho prega o amor e a contribuição.

Há um farto ensino sobre a contribuição financeira em 1Coríntios capítulos 8 e 9:

A oferta dos cristãos deve ser motivada pela graça e não pela culpa. Dar pela graça quer dizer dar apesar das circunstâncias (8.1-2), dar com entusiasmo e alegria (8.3-4) e dar em resposta às dádivas recebidas de Deus (8.7). A oferta da graça jorra do interior de um coração agradecido; não é arrancada à força.

Deus se interessa pela boa vontade (8.10-12), capacidade (8.13-14) e a fé do crente (8.15). Quando contribuímos, Deus vê a proporção e não a porção. Ele sabe que não podemos dar o que não temos, mas quer que sejamos generosos com o que possuímos. Dar pela graça exige uma atitude de fé no Deus vivo, o mesmo tipo de fé que o fazendeiro demonstra ao fazer a semeadura (9.6-11).

16 abril 2007

O serviço espiritual é requerido por Deus


por Davi Lago

Todo cristão deve ser ativo e trabalhar no Reino. Isso não é uma opção, é uma ordem para todos os discípulos de Cristo.

Jesus foi o exemplo máximo de uma vida dedicada ao ministério, ao serviço (Fp 2.5-11). Nosso Senhor viu seu propósito no mundo em termos de serviço: “Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45). Ele mesmo serviu o pão (Mt 14.13-21), ele lavou os pés dos seus discípulos (Jo 13.4-12), ele mesmo fez o lodo com o qual ungiu e curou o cego (João 9.6), ele tocou e curou coxos, leprosos, hemorrágicos.

Jesus foi o maior dos servos, e deixou o exemplo para seus seguidores: “Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como eu fiz” (Jo 13.14-15).

Todo cristão precisa dar frutos. “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos. Eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça” (Jo 15.8,16).

Todo cristão é chamado para ser um obreiro, um cooperador de Deus. “Pois nós somos cooperadores de Deus” (1Co 3.9).

A igreja tem o dever de discipular e preparar os cristãos para o ministério. “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado” (Ef 4.11-12).

Os crentes precisam notar que a responsabilidade não é só do pastor, dos evangelistas, dos diáconos, mas é de todos os homens e mulheres a quem Cristo salvou. Não são todos os crentes que são pastores, mas todos são chamados ao ministério, ao serviço. Ministério é serviço. Ministério é demonstrar o amor de Deus aos outros. Esta é a função da Igreja: ela existe para ministrar ao povo.

Cada cristão é criado para o ministério (Ef 2.10), salvo para o ministério (2Tm 1.9), chamado para o ministério (1Pd 4.10), autorizado para o ministério (Mt 28.18-20), comandado para o ministério (Mt 20.26-28), preparado para o ministério (Ef 4.11,12), necessário para o ministério (1Co 12.27), responsável pelo ministério, e será recompensado pelo ministério (Cl 3.23, 24)[i].

Cada um tem alguma coisa a realizar no seio da Igreja de Cristo, de acordo com os dons que recebeu. “Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada” (Rm 12.6). “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pd 4.10).

Um dia prestaremos contas a Deus por todo nosso trabalho espiritual. Os crentes indolentes, infrutíferos, que não multiplicaram seus talentos, ouvirão: “Lancem fora o servo inútil” (Mt 25.30), mas os fiéis e trabalhadores ouvirão: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mt 25.23).

[i] WARREN, Rick. Uma igreja com propósitos. São Paulo: Vida, 2004, p. 356.

14 abril 2007

O Livro dos livros

por Davi Lago


A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade. Deus é o seu autor, o Espírito Santo, seu intérprete e o Senhor Jesus, o seu assunto central. Ela expressa a vontade de Deus para o homem e lhe mostra o caminho da salvação.

Ninguém conheceria a verdade sobre Deus, ou seria capaz de se relacionar com Ele de um modo pessoal, se Ele não tivesse agido primeiro para se fazer conhecido. Mas Ele está perto de nós. Ele quer que o conheçamos. Deus quer ter comunhão com cada um de nós. E Ele se revela através da sua Palavra.

A Bíblia é a Palavra de Deus. A Bíblia foi escrita por Deus. Essa é a afirmação que a Bíblia faz sobre si mesma. A Bíblia é um livro inspirado por Deus. O próprio Deus supervisionou e dirigiu a redação dos livros da Bíblia, de tal modo que o que foi escrito é composição de Deus.

A Bíblia é a Escritura Sagrada. A Bíblia é Santa porque seu Autor é Santo, Santo, Santo. Ela é Santa porque sua mensagem é santa. Ela é santa porque seu conteúdo se propõe fazer-nos santos.

A Bíblia é o Livro dos Livros. A Bíblia é a única e exclusiva resposta às indagações da humanidade na busca por Deus. Através da Bíblia Deus fala claramente e diretamente com cada um de nós.

Como podemos saber que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus? A resposta é: o testemunho interior do Espírito Santo. Existe apenas um argumento que pode nos provar que a Bíblia é verdadeira: a ação do Espírito Santo em nosso coração e nossa mente. À medida que lemos a Bíblia o Espírito Santo nos traz uma profunda convicção de que as Escrituras são verdadeiramente a Palavra de Deus. É uma convicção que brota internamente através do próprio Deus. O Espírito Santo nos dá a segurança íntima, definitiva e cabal de que todas as palavras da Bíblia foram escritas pelo Criador.
Está escrito: “Você têm uma unção que procede do Santo, e todos vocês têm conhecimento” (1Jo 2.20). Paulo escreveu: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana e sim no poder de Deus” (1Co 2.4-5). A Palavra arde nos nossos corações. Como disseram os discípulos no caminho de Emaús: “Por ventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” (Lc 24.32).
E, embora não nos levem por si só a crer na Bíblia, há também uma infinidade de argumentos e evidências que demonstram a supremacia da Bíblia:
- Ela afirma centenas de vezes ser a verdadeira Palavra de Deus.
- É de longe o livro mais influente da História humana.
- Narra a vida e o ensino da maior figura da História, Jesus Cristo.
- É o livro mais lido, traduzido e difundido do mundo.
- Transforma positivamente as civilizações mais que qualquer outro livro.
- Contém profecias que se cumpriram centenas de anos mais tarde.
- Possui perfeita harmonia e coerência interna.
- É o documento mais confiável da Antiguidade:
- É geográfica e historicamente precisa.
- Narra fatos, descreve personagens e eventos comprovados arqueologicamente.
- Possui em seus ensinos beleza majestosa e profundidade insuperável.
- É um Livro vivo, sempre atual, sempre relevante e nunca obsoleto.
- É indestrutível.
- Transformou a vida de milhões de pessoas ao longo da História, que foram salvas pelo poder de Jesus Cristo.

A Bíblia autentica a si mesma. A Bíblia é a Palavra de Deus transmitida a nós. O obreiro cristão deve lê-la, estudá-la, meditar nela, e principalmente, colocá-la em prática.