Perfil biográfico de Martin Luther King Jr.
por Davi Lago
“O cristianismo não tem sido suficientemente cristão”
– Martin Luther King Jr., escrevendo em 1949.
O pastor norte-americano Martin Luther King Jr. é um dos grandes vultos da História. Ele foi a maior liderança na luta contra a terrível segregação racial nos Estados Unidos, e recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1964. Os norte-americanos o respeitam de tal modo, que o dia do seu aniversário foi transformado em feriado nacional, uma honra antes concedida apenas aos ex-presidentes George Washington e Abraham Lincoln. Seu testemunho é reverenciado pelas pessoas de todos as nacionalidades, credos, posições políticas e etc. Como escreveu sua biógrafa, Nancy Shuker, “Martin Luther King pregou amor e perdão – mesmo quando encarcerado e ameaçado de morte”. Ele morreu assassinado aos 39 anos, mas sua vida é um estrondoso testemunho cristão.
Martin nasceu dia 15 de Janeiro de 1929. Era filho e neto de pastores. Seu pai (também chamado Martin Luther King), era pastor da Igreja Batista. Foi um pai dedicado, que amava muito os filhos e comandava a família com firmeza. Ele preparava sermões, dirigia várias atividades na igreja durante a semana e ainda atuava na luta contra o racismo. Sua mãe, Alberta Williams, era filha de Adam Daniels Williams, que também foi pastor batista. Alberta tocava órgão nos cultos de domingo. A vida de toda família girava em torno da igreja.
Martin aos 5 anos sabia de cor várias passagens da Bíblia e muitos hinos. Desde criança foi muito inteligente e ativo. Quando sua avó faleceu, Martin ficou muito desesperado. Seu pai lhe disse: “Deus tem Seu plano e o Seu modo de fazer as coisas. E nós não podemos mudar ou interferir no momento que Ele escolhe para chamar as pessoas de volta para o Seu lado”. Muitos anos mais tarde, em inúmeras ocasiões, foi essa sabedoria que lhe deu coragem para enfrentar a perspectiva da morte com serenidade.
Aos 17 anos Martin pediu ao seu pai uma oportunidade para pregar na Igreja. O pai aceitou o pedido e pediu para o filho preparar o sermão. No dia do culto o templo estava lotado e a pregação foi ouvida com entusiasmo. Foi um culto vibrante e todos voltaram felizes para suas casas. Um ano depois o jovem foi ordenado pastor.
Sendo um rapaz estudioso, Martin Luther King Jr. se formou e doutorou em teologia. Seu apartamento era um ponto de encontro dos jovens intelectuais negros. Aos 25 anos assumiu o pastorado de uma igreja batista. Passou a pregar as mensagens com um amor cada vez maior, e o templo ficava lotado. Neste período suas ações na luta contra o racismo já eram notícia nacional.
No entanto, Martin ainda guardava grande rancor no coração contra os homens brancos. Ele viveu no sul dos EUA onde o racismo era mais forte. Lá a situação era tão perversa, que algumas leis garantiam a existência da segregação. Uma dessas leis determinava que os negros, para entrar num ônibus, deveriam pagar a passagem pela porta da frente, entrar pela porta traseira, e caso um branco entrasse e não houvesse mais vagas no ônibus, os negros deveriam ceder seus lugares – mesmo as mulheres deveriam ceder o assento para os homens.
Mas as palavras de Jesus “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Mateus 5:44), deram um novo rumo para Martin Luther King. Amadureceu em seu coração a convicção de que todos devemos viver o amor de Cristo integralmente: não apenas com palavras, mas com atos.
Fortalecido pela Palavra, Martin levou seu projeto de destruir o racismo, apenas com protestos pacíficos, adiante. E foi um sucesso. Ele lutou pela paz. Ele foi um verdadeiro pacificador. E como o Senhor Jesus disse: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9). Os pacificadores não são aqueles apenas dotados de natureza pacífica, nem os que aceitam a paz, ou que preferem a paz ao desacordo, nem os que tem paz na alma, com Deus, e nem os que amam a paz. Os pacificadores são aqueles que promovem ativamente a paz e procuram estabelecer a harmonia entre inimigos.
Poucos homens foram capazes de encontrar um equilíbrio tão grande entre teoria e prática, teologia e vida piedosa, conhecimento e humildade, como Martin Luther King. Seu testemunho enche nossos corações de motivação.
Que a vida de Martin Luther King seja um exemplo para nós. Sua perseverança em meio a muitas dificuldades, seu empenho na organização de boicotes e protestos não-violentos, sua paciência quando insultado e agredido, sua determinação em levar às últimas conseqüências o amor pelo próximo e sua ousadia ao pregar o Evangelho. Ele jamais desistiu e conquistou tamanhas vitórias, porque sua força vinha da comunhão com o Senhor Jesus Cristo. Só com o Espírito Santo vivendo em nós somos capazes de viver o verdadeiro cristianismo, o verdadeiro Amor!
“Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? Não fazem os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial” Mateus 5:46-48.
2 Comments:
esta :} bem legal!
eu gostei muito desse post,
Isabella Swan Cullen
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