22 dezembro 2008

A dupla natureza de Jesus Cristo - reflexão sobre o natal

Por Davi Lago

O nascimento de Jesus foi predito através de várias profecias. Todas elas foram cumpridas literalmente. Entre elas, algumas vaticinadas há mais de mil e quinhentos anos.

Foi profetizado que o Messias nasceria da semente da mulher, e isso foi cumprido. Foi dito que ele nasceria de uma virgem, que seria Filho de Deus, seria da semente de Abraão, seria filho de Isaque e seria filho de Jacó, seria da tribo de Judá, seria da linhagem familiar de Jessé e de Davi. Foi profetizado que ele nasceria em Belém, uma cidade que possuía menos de mil habitantes, segundo os melhores historiadores. Foi dito que ele receberia presentes quando nascesse, e que nasceria numa época em que muitas crianças iriam morrer. Foi profetizado que ele seria chamado Senhor e Emanuel, Deus conosco. Todas essas profecias se cumpriram integralmente no nascimento de Jesus Cristo.

A Bíblia ensina que Jesus foi concebido miraculosamente, pelo Espírito Santo, no ventre de Maria, sem pai humano. “Foi assim o nascimento de Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito Santo” (Mateus 1.18).

Jesus, portanto, tem duas naturezas: a natureza divina e a natureza humana. Jesus era plenamente homem e plenamente Deus em uma só pessoa, e assim será para sempre.

Os evangelhos mostram Jesus experimentando as limitações humanas (fome, Mateus 4.2; cansaço, João 4.6; sede, João 19.28) e sofrimento humano. Ele tinha emoções humanas: “Agora, está angustiada a minha alma” (João 12.27). Ele admirou-se da fé do centurião (Mateus 8.10) e chorou de tristeza na morte de Lázaro (João 11.35). O livro de Hebreus enfatiza que, se ele mão tivesse experimentado as aflições humanas – fraqueza, tentação, sofrimento, ele não estaria qualificado para ajudar-nos quando passamos por essas coisas.

Os evangelhos também mostram que Jesus é Deus. Ele demonstrou sua onipotência quando acalmou a tempestade no mar com apenas uma ordem (Mateus 8.26,27), multiplicou pães e peixes (Mateus 14.19) e transformou água em vinho (João 2.1-11). Ele declarou sua eternidade: “Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!” (João 8.58). Ele era onisciente (João 6.64). “Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2.9).

Logo, Jesus era totalmente humano – tanto que podemos nos identificar com ele – e também totalmente divino, pois somente Deus é capaz de oferecer salvação.