25 maio 2006

Tostão ainda não encontrou Deus

Veja o que Tostão escreveu ontem, na Folha de S. Paulo, sobre a preparação da seleção brasileira na cidade de Weggis (Suiça), no artigo Tudo quase perfeito:

Weggis é um lugar em que a maioria gostaria de morar. O posto policial só abre duas vezes por semana. A cidade é limpíssima. As lojas abrem tarde, fecham cedo, e as pessoas trabalham pouco e ganham muito. No Brasil, trabalham muito e ganham pouco. Mas certamente Weggis não é o paraíso. O paraíso está na nossa fantasia. As pessoas do Brasil, de Weggis e de qualquer lugar do mundo vivem sempre na falta de algo, muitas vezes desconhecido e/ou inatingível.

Tostão começa bem mas termina mal. Igual a seleção em 82.

Ele começa bem porque consegue perceber que todos os homens de todos os lugares do mundo, de todos os tempos, estão sempre “na falta de algo”. Tostão percebe que todas as pessoas estão em busca de “algo mais” nesta vida. Mesmos os privilegiados cidadãos da Suiça, e de outros países abastados como Finlândia e Noruega, não se contentam com a vida que tem.

Há no homem um estranho sentimento de estar faltando algo. Ninguém duvida disto. O ser humano nunca está satisfeito, ele possui um desejo incontrolável e ilimitado. Basta ver o poder do capitalismo na sociedade global. Basta ver o consumismo desenfreado do nosso tempo: tudo é comercializado, tudo se torna uma mercadoria. É como Leonardo Boff disse: “cada objeto de desejo é transformado num pequeno deus pelo marketing, esse deus que se apresenta como capaz de realizar nossos desejos mais íntimos”.

O fato é que nem o sexo, nem os dólares, nem euros, nem Ferrari, nem Big Tasty conseguem satisfazer as pessoas. Todos continuam com fome. O consumo aumenta, a desigualdade aumenta e ainda assim continua faltando algo: tanto para os pobres brasileiros, como para os ricos suíços.

É neste ponto que Tostão se desespera. Ele revela as dúvidas de seu coração e afirma que este “algo que falta” no homem, é desconhecido e/ou inatingível.

Evidentemente Tostão está procurando Deus.

Tostão está procurando Deus, e como ainda não o encontrou, chega a cogitar que Deus é “inatingível”, é uma “fantasia”, é uma projeção da mente humana. Grande engano: Deus é a maior realidade do universo e encontrá-lo é a maior das experiências.

Tostão está procurando Deus como todo ser humano busca do início ao fim de sua existência. Assim como a folha precisa da árvore, a grama precisa da terra, a onda precisa do oceano, assim o finito requer o Infinito, o passageiro exige o Eterno, o imperfeito clama pelo Perfeito, o homem procura Deus.

Tostão está procurando Deus e enquanto não achá-lo, sentirá que falta “algo mais”. Enquanto não encontramos Deus, vivemos inquietos e infelizes. Os demais objetos do desejo, por melhor que sejam, não tem poder para nos aquietar. Nem mesmo vencer a Copa do Mundo resolve o problema. O vazio infinito que nos devora só pode ser derrotado por Deus. Agostinho estava certo quando escreveu: “inquieto estará meu coração enquanto não repousar em Ti”.

Tostão está em busca de Deus e Deus se revela plenamente em Jesus Cristo. Embora possamos saber que existe um Deus Criador através da natureza, embora possamos saber que existe um Deus Justo através da nossa consciência moral, só podemos conhecer plenamente a Deus, se olharmos para Jesus Cristo. Jesus é a imagem exata de Deus. Jesus é a revelação absoluta de Deus. Jesus é Deus, e, quando o encontramos, a nossa sede acaba, o desespero desaparece, a busca termina.

Minha oração é que Tostão, e todos aqueles que ainda não encontraram, encontrem ao Deus vivo. A Bíblia diz que a vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos. O problema é que nem todos querem ser: fogem de Deus, tapam os ouvidos, não encaram a verdade, fecham o coração em preconceitos. Como disse Barry Leventhal, “o pior surdo é aquele que não quer ouvir”.

Minha oração é que Tostão, e todos aqueles que ainda não encontraram, encontrem ao Deus vivo, e possam finalmente dizer: O Senhor é o meu pastor e nada me falta. O Senhor é o meu pastor, isso me basta.

23 maio 2006

De volta para o futuro

Fiquei quase um mês sem internet... Problemas com o Velox. Agora já está tudo normal: de volta à internet, de volta às notícias em primeira mão, de volta à minha caixa de email (com 101 emails pra responder!), de volta a blogosfera, de volta para o futuro!
Na foto: eu e madame Kuka.