17 abril 2007

O cristão, o dinheiro e as ofertas


por Davi Lago

O Rei Jesus disse: “Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará outro, ou se dedicará a um e desprezará outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Lc 16.13).

“Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos” (1Tm 6.9-10).

O cristão deve ser honesto, íntegro e prudente na vida financeira. Sempre deve contribuir com o Reino e nunca ser alguém ganancioso e escravizado ao dinheiro.

A Bíblia não elogia nem o luxo nem a pobreza; apenas nos diz que sejamos satisfeitos com as necessidades básicas da vida. Jesus não condenou a riqueza. Jesus condenou o fascínio e o mau uso das riquezas. O dinheiro, em si, não é mau, nem bom. O amor ao dinheiro e não o dinheiro, em si, é raiz de todos os males.

Tudo que temos vem de Deus e precisa ser usado do modo como ele ordena. Está escrito: “Lembrem-se do Senhor, o seu Deus, pois é ele que lhes dá a capacidade de produzir riqueza” (Dt 8.18).

Deus é dono, nós, os mordomos. Nossa responsabilidade não termina quando contribuímos. Não importa a proporção da nossa renda que confiamos à igreja, o que resta também está sobre a autoridade de Deus. Dar 10% o até 50% não nos permite desperdiçar o resto. O mundo prega o egoísmo e a ganância, o evangelho prega o amor e a contribuição.

Há um farto ensino sobre a contribuição financeira em 1Coríntios capítulos 8 e 9:

A oferta dos cristãos deve ser motivada pela graça e não pela culpa. Dar pela graça quer dizer dar apesar das circunstâncias (8.1-2), dar com entusiasmo e alegria (8.3-4) e dar em resposta às dádivas recebidas de Deus (8.7). A oferta da graça jorra do interior de um coração agradecido; não é arrancada à força.

Deus se interessa pela boa vontade (8.10-12), capacidade (8.13-14) e a fé do crente (8.15). Quando contribuímos, Deus vê a proporção e não a porção. Ele sabe que não podemos dar o que não temos, mas quer que sejamos generosos com o que possuímos. Dar pela graça exige uma atitude de fé no Deus vivo, o mesmo tipo de fé que o fazendeiro demonstra ao fazer a semeadura (9.6-11).