27 janeiro 2009

A questão do aborto não deve ser tratada com pragmatismo

Por Davi Pereira do Lago


A Revista Veja desta semana[1] traz na capa “uma reportagem em que os fatos falam mais alto do que as considerações e ponderações envolvidas na questão”, diz o diretor de redação da mesma, Eurípedes Alcântara. Entretanto, a legalização do aborto é tema que não pode ser tratado de forma pragmática e inconsequente. A ética do pragmatismo é a ética do momento, da conveniência. Ante isso, fica evidente a inconseqüência de tratar a legalização do aborto de forma superficial. Nas palavras do Desembargador Fernando Caldeira Brant, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o tema do aborto é “sobremaneira complexo, visto que envolve questões sociais, morais e religiosas”[2].

É óbvio que muitos problemas são causados pela prática clandestina de abortos, causando a morte de muitas mulheres jovens e adultas. Todavia, entendemos que a legalização do aborto não solucionará o problema, pois o mesmo é causado basicamente pela falta de educação adequada na área sexual, a exploração do turismo sexual, a falta de controle da natalidade, a banalização da vida, e a desvalorização do casamento e da família.

O ponto crucial em torno do qual giram as questões éticas e morais relacionadas com o aborto provocado é quanto à humanidade do feto. Esse ponto tem a ver com a resposta à pergunta: quando é que, no processo de concepção, gestação e nascimento, o embrião se torna um ser humano, adquirindo assim o direito à vida? Muitos que são a favor do aborto argumentam que o embrião (e depois o feto), só se torna um ser humano após determinado período de gestação, antes do qual abortar não seria assassinato. Contudo, geneticamente a ciência tem demonstrado que a vida humana começa na concepção. Todas as características genéticas de um ser humano individual plenamente desenvolvido estão realmente, não potencialmente, presentes desde o momento da concepção. Resta dizer que existem diferenças marcantes entre a mulher e o feto. Este é um ser humano.



[1] 23 de janeiro de 2009.

[2] TJMG. Processo número 1.0027.08.157422-3/001(1). Relator: FERNANDO CALDEIRA BRANT. Data: 15/08/2008..

18 janeiro 2009

Minha conversa com Rick Warren

Por Davi Lago

Tive a oportunidade de acompanhar de perto a passagem de Rick Warren pelo Brasil ano passado, especialmente quando ele esteve em Belo Horizonte. Dia 22 de julho, fui buscá-lo no aeroporto de Confins para deixá-lo no hotel (onde ele deu entrevista ao vivo para a rede de televisão americana Fox News). Depois, na manhã do dia seguinte, o levamos para minha igreja onde ele pregou para mais de três mil pastores. Em seguida estive com ele no gabinete pastoral, antes de levá-lo para o almoço no Colégio Batista. E, levando ele de um lado para o outro, pude conversar com ele. Conversamos, principalmente, sobre a evangelização da Europa. Ele falou muito sobre o plano P.E.A.C.E. Também tirei uma grande dúvida da minha cabeça: Warren já discursou e foi sabatinado nas principais universidades do mundo, como Oxford, Havard, etc. Então eu perguntei: “Que perguntas os estudantes faziam para você?”. Ele respondeu: “Todos tinham apenas uma única pergunta: ‘qual o sentido da vida?’, ‘qual o propósito da existência?’”. Dia 20 de janeiro Rick Warren fará uma oração na posse do presidente americano Barack Obama.

14 janeiro 2009

O que é a Bíblia

Por Davi Lago

Em primeiro lugar, a Bíblia é uma coleção de livros. A palavra “Bíblia” significa “livros”. A Bíblia é uma compilação de 66 livros que foram escritos por cerca de 40 homens num período aproximado de 1500 anos.

Em segundo lugar, a Bíblia é a Palavra de Deus. Ou seja, embora a Bíblia tenha sido escrita por homens, por trás deles havia outro Autor: o Espírito de Deus. Mesmo que esses homens não estivessem conscientes, Deus estava escrevendo através deles. Por isso dizemos que a Bíblia foi “inspirada” por Deus. No ato da inspiração o Espírito de Deus não anulou o escritor, mas agiu em, com e através de sua personalidade. O Espírito de Deus não inspirou os autores como se fossem máquinas, anulando a sua liberdade, responsabilidade e capacidades mentais, mas escreveu através deles (2Pedro 1.16-21).

A Bíblia é, portanto, Deus falando ao homem em linguagem humana. A Bíblia é uma mensagem de Deus para o homem que responde as maiores dúvidas da humanidade: De onde viemos? Quem somos? Por que existimos? Como devemos viver? Para onde vamos? A Bíblia traz a mensagem da salvação que nos leva de volta a Deus.

A Bíblia é a revelação. Ninguém conheceria a verdade sobre Deus, ou seria capaz de se relacionar com ele de um modo pessoal, se ele não tivesse agido primeiro para se fazer conhecido. Deus está perto de nós e quer que o conheçamos. Desta forma, através da Bíblia, Deus fala claramente e diretamente com cada um de nós. O cristianismo não é baseado em especulações, como a filosofia. O cristianismo é baseado na revelação.

11 janeiro 2009

Feliz dia da morte

Por Davi Lago

“Feliz dia da morte” foi o título de uma peça teatral apresentada anos atrás em Londres. Esse nome causa estranheza, no entanto, é uma verdade para o cristão. Para o seguidor de Jesus a morte não é um dia triste, mas dia de grande alegria, pois será o momento onde nos encontraremos face a face com Deus, nosso Senhor. Para o cristão a morte é a passagem para a vida eterna.