23 março 2008

A historicidade de Jesus Cristo

Por Davi Lago
A Enciclopédia Britânica Barsa fala sobre a sólida aceitação da existência de Jesus Cristo, mesmo pelos racionalistas dos séculos XVII-XIX, opositores do cristianismo: “Como Celso e Flávio Josefo, adversários do cristianismo nos primeiros séculos, os racionalistas jamais negaram o fato da existência de Cristo”[i]. É digno de nota que a décima quinta edição dessa enciclopédia usa 20.000 palavras para descrever a pessoa de Jesus. O seu artigo é mais extenso do que o de Aristóteles, Cícero, Alexandre, Júlio César, Buda, Confúcio, Maomé ou Napoleão Bonaparte.

[i] BARSA, Encyclopaedia Britannica – volume 9. São Paulo: Enciclopaedia Britannica do Brasil Publicações, 1994, p. 460.

16 março 2008

O fim do apóstolo Paulo

Por Davi Lago

“Por dois anos inteiros Paulo permaneceu na casa que havia alugado, e recebia a todos os que iam vê-lo. Pregava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, abertamente e sem impedimento algum”.
Atos 28.31-31.

O livro de Atos é o evangelho em ação. Ele retrata a ação dos discípulos de Jesus. O último versículo de Atos fala sobre Paulo pregando em uma casa. O texto nos mostra que o apóstolo pregou ininterruptamente por dois anos em uma casa que ele mesmo alugou em Roma.
O apóstolo era perseguido pelos líderes religiosos judeus. Eles o acusavam de ser subversivo, estar tumultuando os judeus e blasfemando contra Deus. Paulo então, estava preso sobre o regime da custodia libera. Ele era um prisioneiro que desfrutava de certa liberdade. Mas, embora estivesse preso, a Palavra não estava presa. Ele fala sobre o evangelho em 2Timóteo: “pelo qual sofro e até estou preso como criminoso; contudo a palavra de Deus não está presa” (2Tm 2.9).
Apesar da prisão de Paulo, o evangelho estava progredindo: “Quero que saibam, irmãos, que aquilo que me aconteceu tem, ao contrário, servido para o progresso do evangelho” (Fp 1.12).
Foi neste período que Paulo escreveu as cartas aos Filipenses, Efésios, Colossenses, e a carta pessoal para Filemom. Vemos aqui o triunfo de Paulo sobre as tribulações.
Mas é interessante notar que Lucas, o autor de Atos, termina o livro de forma abrupta. Ele não fala qual foi o fim de Paulo. Os estudiosos consideram quatro hipóteses: (1) Lucas não sabia o fim de Paulo pois estava escrevendo Atos naquela época; (2) Os judeus não vieram acusar Paulo e, consequentemente, ele foi libertado; (3) Paulo foi inocentado; (4) Paulo foi condenado e executado.
O que se pode afirmar com certeza é que Paulo foi martirizado de qualquer forma, seja nessa ocasião, ou depois. O livro de Atos indica isso claramente, em passagens como: At 20.23-25,38; 21.13; 23.11; 27.24.